Cabo Verde diz que Cplp tem que se tornar uma comunidade de povos
Em entrevista à Rádio ONU, embaixadora do país nos Estados Unidos diz que bloco que reúne as oito nações lusófonas “tem pernas para andar.”
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Cplp, deve olhar para o futuro no sentido de se tornar uma comunidade de povos.
A declaração foi dada à Rádio ONU pela embaixadora de Cabo Verde nos Estados Unidos, Fátima Veiga.
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A diplomata que já ocupou o posto de embaixadora cabo-verdiana junto às Nações Unidas disse que a Cplp deve se concentrar nas pessoas que habitam o universo de língua portuguesa.
“A Comunidade de Língua Portuguesa não é uma instituição que foi criada só por criar. É uma instituição que tem pernas para andar. E que, realmente, com a colaboração de todos e de cada um conseguiremos chegar a uma comunidade de povos, efetivamente, porque nós queremos que seja realmente uma comunidade de povos, uma comunidade de nações.”
Fátima Veiga falou à Rádio ONU durante uma cerimônia para as diásporas de língua portuguesa no estado americano de Rhode Island.
Ao inaugurar a nova sede da Cplp, em Lisboa, no ano passado, o presidente de Portugal, Aníbal Cavaco Silva, disse que o bloco lusófono tinha que “descer às ruas” e se voltar para os cidadãos de língua portuguesa no mundo.
A Cplp foi fundada em julho de 1996 e tem como prioridade promover a concertação político-diplomática entre os oito países que falam o português.