Refugiados africanos beneficiam de formação superior com apoio do Acnur
Iniciativa abrange centenas de estudantes quenianos, malauianos e jordaniados; programas serão ministrados pela Universidade norte americana de Regis.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
Refugiados com intenção de concluir um curso superior contam com o apoio de uma iniciativa firmada pelas Nações Unidas e seus parceiros. A ideia surgiu de um diálogo inter-religioso e proteção de refugiados que reuniu líderes de várias religiões com o alto comissário, António Guterres.
Com a ajuda do Serviço Jesuíta de Refugiados e da Universidade Regis, de Colorado, os refugiados que abandonaram seus estudos têm a possibilidade de retomar o ensino superior pela internet.
Candidatos
O acordo já leciona disciplinas a distância a estudantes deslocados na Jordânia, no Quénia e no Malaui. A parceria deve abranger o Chade, onde foi iniciada uma avaliação de candidatos.
O diretor de Proteção Internacional do Acnur, Volker Türk, disse que o acesso à educação é um direito universal e uma prioridade da agência da ONU em todas as suas operações. O representante apontou os recursos limitados como um dos obstáculos para o aumento da oferta.
Certificados
O projeto já reúne centenas de candidatos que já estão matriculados em cursos superiores. No fim do curso serão atribuídos certificados da universidade americana e de outras universidades jesuítas.
Decorre a análise da possibilidade de oferta de cursos em vários idiomas. A diretora internacional do Serviço Jesuíta de Refugiado, Mary McFarland, disse que pequena parte de estudantes refugiados tem acesso à educação superior.
Reconhecimento
No ano passado, o Acnur lançou uma estratégia de educação de cinco anos para expandir o número de bolsas de estudo em universidades e aumentar o reconhecimento oficial de cursos superiores a distância para refugiados.
Com a medida, a agência também reforça a sua cooperação com organizações religiosas que operam na ajuda humanitária.
*Apresentação: Eleutério Guevane.
