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Parceria do Acnur ajuda refugiados a obterem curso de faculdade a distância BR

Parceria do Acnur ajuda refugiados a obterem curso de faculdade a distância

Iniciativa com o Serviço Jesuíta de Refugiados beneficia centenas de estudantes deslocados na Jordânia, no Quênia e no Malauí; no Chade, já começaram as seleções para os novos programas da Universidade Regis, em Denver, Colorado

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

Refugiados que queiram terminar um curso superior têm agora uma oportunidade através de uma iniciativa firmada pelas Nações Unidas e seus parceiros.

Com a ajuda do Serviço Jesuíta de Refugiados e da Universidade Regis, de Colorado, os refugiados que abandonaram seus estudos têm a chance de retomar o ensino superior pela internet.

Avaliação

O acordo já está levando uma série de disciplinas a distância a estudantes deslocados na Jordânia, no Quênia e no Malauí. A parceria estenderá ainda os cursos ao Chade, no centro-norte da África, onde foi iniciada uma avaliação de candidatos.

O diretor de Proteção Internacional do Acnur, Volker Türk, disse que o acesso à educação é um direito universal e uma prioridade da agência da ONU em todas as suas operações. Segundo ele, um dos obstáculos para aumentar a oferta têm sido os recursos limitados.

O projeto já reúne centenas de pessoas que se matricularam em cursos superiores. Elas receberão não só os certificados da universidade americana como também de outras universidades jesuítas.

Bolsas de Estudo

Os organizadores da iniciativa estão agora analisando formas de oferecer os cursos em vários idiomas. A diretora internacional do Serviço Jesuíta de Refugiado, Mary McFarland, disse que apenas uma pequena porcentagem de estudantes refugiados têm acesso à educação superior.

No ano passado, o Acnur lançou uma estratégia de educação de cinco anos para expandir o número de bolsas de estudo em universidades e aumentar o reconhecimento oficial de cursos superiores a distância para refugiados.

Com isso, a agência também está reforçando sua cooperação com organizações religiosas que trabalham na área de ajuda humanitária.

A ideia surgiu de um diálogo sobre credos e proteção de refugiados que reuniu líderes de várias religiões com o alto comissário, António Guterres, chefe do Acnur.