Comércio deve permanecer desaquecido em 2013 após baixo crescimento
Uma das causas para a má performance continua sendo a crise nas economias europeias, diz OMC; crescimento global da balança comercial caiu de 5,2% em 2011 para 2% no ano passado.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
A Organização Mundial do Comércio, OMC, informou que o movimento do comércio em 2013 deverá ser contido devido ao baixo crescimento registrado no ano passado.
Segundo a agência da ONU, o comércio mundial foi reduzido a 2% em 2012, após alcançar a taxa de 5,2% no ano anterior.
Lembrança
Uma das principais causas para a baixa performance é a crise das economias europeias, segundo um estudo divulgado pela OMC, nesta quarta-feira, em Genebra.
O diretor-geral da agência da ONU, Pascal Lamy, afirmou que o desaquecimento do comércio mostram que os eventos de 2012 deveriam servir de lembrança para o que chamou de “falhas estruturais” nas economias.
Segundo Lamy, é preciso fazer da recuperação dessas perdas uma prioridade neste ano.
Desemprego
Estimativas da OMC indicam que o crescimento do comércio mundial deve permanecer na faixa de 3,3% em 2013.
Uma outra preocupação da OMC é com os altos índices de desemprego nos países desenvolvidos e a redução das importações.
Lamy ressaltou que os Estados Unidos estão com promessas de melhorias na economia, mas a União Europeia deve seguir estagnada ou ainda contrair-se neste ano.
China
O crescimento da China, no entanto, continua a superar o de outras grandes economias, mas especialistas afirmam que as taxas de exportações sofrerão devido à fraca demanda na Europa.
A OMC acredita que “as tentativas das economias desenvolvidas de alcançar um equilíbrio entre crescimento de curto prazo e restrições fiscais crescentes” ainda não deram o resultado esperado.
Segundo a agência, para evitar o que chamou de “uma recaída autodestrutiva em nacionalismos econômicos, os países precisam se concentrar no reforço do sistema de comércio multilateral”.
Para Pascal Lamy, o comércio pode ser tornar, novamente, a locomotiva do crescimento e uma fonte de força para a economia global, em vez de servir como termômetro de instabilidade.