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Katy Perry junta-se ao Unicef em visita a Madagáscar

Katy Perry junta-se ao Unicef em visita a Madagáscar

Cantora norte-americana de origem portuguesa viu de perto situação das crianças na ilha; região é uma das mais pobres do mundo e ainda recupera da crise política que começou em 2009.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

A cantora americana Katy Perry, em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, visitou a ilha de Madagascar, uma das regiões mais pobres do mundo.

A viagem da artista, de origem portuguesa, teve como objetivo chamar a atenção global para a situação das crianças malgaxes. O país ainda se recupera de uma crise política que teve início em 2009.

Favelas

Perry disse que, em menos de uma semana em Madagáscar, visitou desde bairros de lata, nas grandes cidades, até os mais distantes vilarejos.

Ela declarou que o contacto serviu para que abrisse os olhos diante de uma gigantesca necessidade de uma vida saudável, incluindo nutrição, saneamento básico e proteção contra abusos e estupros.  A cantora afirmou que o Unicef atua para fornecer essa ajuda.

Oportunidade

Perry agradeceu à agência da ONU pela oportunidade de ver, em primeira-mão, como os seus programas de assistência fazem diferença na vida das crianças.

A artista acompanhou como os projetos do Unicef funcionam em Antananarivo, a capital do país ao visitar um centro de proteção à criança e reunir com menores vítimas de violência.

Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância, mais de três em cada quatro crianças vivem em estado de extrema pobreza em Madagáscar.

Doações

A maioria dos doadores internacionais congelaram os financiamentos após a crise política de 2009, o que levou o governo local a cortar os gastos públicos.

Como resultado, boa parte da população não tem acesso ao sistema básico de saúde e nem à educação.

Primário

De cada 10 alunos, somente três finalizam o ensino primário. Mais de 60% dos professores nunca receberam qualquer tipo de formação, refere o Unicef.

Perry disse que há uma grande oportunidade no setor educativo. Mesmo com as dificuldades, a cantora afirmou que encontrou estudantes e professores que caminham 45 minutos para chegar à escola.

O facto é, para ela, uma prova de como a população dá valor à educação.

*Apresentação: Eleutério Guevane.