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ONU preocupada com novas aplicações da pena de morte no mundo BR

ONU preocupada com novas aplicações da pena de morte no mundo

Alto Comissariado de Direitos Humanos cita casos de vários países que abandonaram a moratória na Ásia e no Oriente Médio.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova York.*

Uma série de execuções de criminosos através da pena de morte na Ásia e no Oriente Médio está preocupando o Escritório de Direitos Humanos das Nações Unidas. Em nota, emitida nesta sexta-feira, a ONU condenou a aplicação da pena capital a três homens no Kwait.

De acordo com o porta-voz do Escritório, Rupert Colville, existe no mundo, atualmente, uma grande tendência para abolir a pena de morte.

Delinquentes Juvenis

Colville afirma que, em muitos casos, a pena capital representa violações claras de padrões internacionais. E lembrou a falta de garantias de um julgamento justo e execuções de delinquentes juvenis, o que fere a Convenção sobre os Direitos da Criança.

A ONU também lembrou a questão do Iraque, onde há relatos de pelo menos  12 execuções somente neste ano.  Já na Ásia, Índia e Indonésia teriam aplicado a pena de morte. O Japão teria retomado as execuções no ano passado.

Judiciário

Os Estados Unidos também foram citados pelo Alto Comissariado por causa da pena capital a cinco pessoas. Na Europa, a Belarus foi a única nação que aplicou a pena. A ONU disse desconhecer casos de pena capital na África. Não se sabe o número de execuções na China, na Coreia do Norte e no Irã.

As Nações Unidas apelaram aos governos para abolir a pena de morte segundo as recomendações da Assembleia Geral. Uma das preocupações do Escritório de Direitos Humanos é com o sistema penal em países que executam criminosos. Para o Escritório, os julgamentos têm de ser transparentes e o Judiciário independente.