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ONU diz que Moçambique ainda luta com pobreza, apesar de crescimento

ONU diz que Moçambique ainda luta com pobreza, apesar de crescimento

Relatora Magdalena Sepúlveda realiza, a partir de segunda-feira, visita de oito dias para avaliar os desafios no combate à pobreza; país ocupa 185ª posição no Índice de Desenvolvimento Humano do Pnud

Manuel Matola, da Rádio ONU em Maputo.*

A relatora das Nações Unidas sobre Pobreza Extrema e Direitos Humanos, Magdalena Sepúlveda, considerou que a pobreza em Moçambique “continua generalizada, apesar do impressionante crescimento económico e progresso do desenvolvimento do país”.

A responsável fez estes pronunciamentos na véspera de uma visita oficial a Moçambique, onde vai avaliar os desafios no combate à pobreza e identificar os principais obstáculos que impedem o acesso aos serviços públicos de Saúde, Educação e Justiça às pessoas que vivem na pobreza.

Estratégias

Segundo um relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento de 2013, Moçambique tem um dos piores Índices de Desenvolvimento Humano no mundo, ocupando a posição 185 de um total de 187 países analisados. É o pior colocado dentre os países lusófonos.

Estratégia

Um comunicado do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos refere que, na primeira visita ao país, a partir de segunda-feira, Sepúlveda vai propor às autoridades moçambicanas estratégias para combater esses obstáculos e melhorar o gozo dos direitos por parte dos segmentos mais pobres da sociedade.

Durante a sua estadia em Moçambique, a relatora vai dedicar especial atenção às medidas de proteção social e aos programas do governo moçambicano que visam ajudar as pessoas que vivem em comunidades rurais, particularmente as afetadas pelas recentes inundações no país.

Encontros

A especialista em Direitos Humanos tem agendado encontros com as comunidades que vivem em situação de pobreza nas províncias de Maputo, Gaza e Zambézia, e com altos funcionários do governo e membros do Parlamento moçambicano.

A perita vai também realizar reuniões com representantes do sistema das Nações Unidas, agências internacionais, comunidade doadora, da sociedade civil e Comissão Nacional de Direitos Humanos de Moçambique.

*Apresentação: Eleutério Guevane.