Pesquisadores da Universidade de Sidney, na Austrália, avaliaram políticas de sete países para remover esse tipo de gordura dos alimentos; redução no consumo é importante para prevenir uma série de doenças.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
O boletim da Organização Mundial da Saúde, OMS, traz na edição de abril um estudo sobre a eficácia de medidas contra a gordura trans nos alimentos. Pesquisadores da Universidade de Sidney, na Austrália, avaliaram políticas de sete países, incluindo Brasil, Canadá e Estados Unidos.
O resultado foi que nos últimos 20 anos, as ações foram eficazes e os fabricantes diminuíram a quantidade dessa gordura nos produtos.
Margarina
O estudo destaca a importância de indicar a presença dessa gordura nos rótulos de embalagens. Segundo os pesquisadores, em países onde a conscientização sobre gordura trans é baixa, as chances da indústria reformular seus produtos é menor.
No Brasil, o nível de gordura trans de algumas margarinas foi mantido em mais de 50% mesmo após regulamentação. Os autores do estudo acreditam que os consumidores deveriam estar pouco conscientes sobre a mudança. Mas o país ganha destaque por ter políticas nacionais que obrigam os fabricantes a informar a porcentagem de gordura trans nas embalagens.
O consumo de alimentos com gordura trans está associado a maiores riscos de doenças do coração, colesterol alto, diabetes, infertilidade e até Alzheimer.