Ban diz que crise na Península Coreana “já foi longe demais”
Segundo mídia local, país asiático estaria disposto a retomar atividades de um reator nuclear; para Secretário-Geral só uma saída diplomática pode aplacar a crise.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Secretário-Geral das Nações Unidas disse, esta terça-feira, que a atual crise na Península Coreana “já foi longe demais”.
Num discurso proferido em Andorra, Ban Ki-moon disse que não há nenhuma necessidade para que a Coreia do Norte esteja em rota de colisão com a comunidade internacional.
Instabilidade
Após avisar que as “ameaças nucleares não são um jogo”, Ban referiu que “retórica agressiva e a postura militar da Coreia do Norte somente poderiam resultar em reações e inflamar o medo e a instabilidade.”
Agências noticiosas citam a imprensa norte-coreana anunciando que as instalações do complexo nuclear de Yongbyon, o principal do país, voltariam a operar, incluindo um reator desativado em 2007.
Qualidade
Os relatos das agências apontam que um comunicado das autoridades refere que a ação iria reforçar as forças nucleares do país “em qualidade e em quantidade”.
A medida de Pyongyang surge na sequência do seu terceiro teste nuclear em fevereiro. Recentemente, o país teria lançado ameaças à Coreia do Sul e a alvos norte-americanos.
Falta de Comunicação
Ban destacou que, como Secretário-Geral, tem o dever de impedir a guerra e buscar a paz. Para ele, a situação deve começar a acalmar-se após um agravamento devido à falta de comunicação.
Divergências
Ban disse estar convencido de que não há quem tenha a intenção de atacar a Coreia do Norte devido a divergências sobre o seu sistema político ou a política externa.
O chefe da ONU referiu que receia, entretanto, é que haja uma resposta firme de outras partes a qualquer provocação militar direta. Ele destacou o diálogo e as negociações como a única forma de resolver a crise.