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Em Luanda, Unesco pede paz para impulsionar crescimento em África

Em Luanda, Unesco pede paz para impulsionar crescimento em África

Em fórum continental, diretora-geral da agência aborda importância de garantir desenvolvimento sustentável; evento reúne mais de 300 representantes.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

África deve enfrentar o desafio da paz para avançar no desenvolvimento sustentável e consolidar a dinâmica de um continente em crescimento, disse a diretor-geral da Organização da ONU para a Educação, Ciência e Cultura, Unesco.

A representante falava, em Luanda, na abertura do “Fórum Pan-africano: Fontes e Recursos para uma Cultura de Paz.” O evento, que decorre até esta quinta-feira, na capital Luanda, reúne mais de 300 participantes e conta com o apoio da agência, da União Africana e do Governo Angolano.

Novas Mentalidades

Falando à Rádio ONU, em Nova Iorque, o embaixador de Angola junto das Nações Unidas, Ismael Martins, disse haver necessidade de continuar a trilha que orientou os países na conquista da libertação, com vista ao progresso.

“Os intelectuais são chamados a continuar a dar um contributo importante. É preciso, primeiro, descolonizar as mentes pelas mensagens que os intelectuais trazem para todos nós. É através dos livros, dos poemas, dos romances que se continuará a desempenhar o papel decisivo de descolonizar as mentes e criar novas mentalidades para então avançar”, ressaltou.

Sociedade Civil

Além de jovens, o fórum reúne parlamentares, governantes, representantes de agências da ONU, especialistas e representantes da sociedade civil.

A Unesco defende o envolvimento de jovens, mulheres, mães e meninas na paz e da democracia e nos valores do diálogo enraizados na sua herança cultural, os meios tradicionais de prevenção e resolução de conflitos.

Ensino

Entre os presentes na abertura, estiveram o antigo presidente de Moçambique, Joaquim Chissano.

A Unesco destaca que a cultura de paz está no centro das suas ações para a educação inclusiva, a reformulação dos sistemas de educação após guerras e crises e a introdução, em programas escolares, de módulos abordando a paz e a tolerância.