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ONU quer “reforçar continuamente” cooperação com a Cplp

ONU quer “reforçar continuamente” cooperação com a Cplp

Assembleia-Geral aprova resolução destacando adoção da estratégia de segurança alimentar e nutricional; documento sublinha esforços para conter impasse político na Guiné-Bissau.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

As Nações Unidas realçaram a importância de fortalecimento da cooperação entre a entidade e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Cplp.

Numa sessão que decorreu esta terça-feira, em Nova Iorque, a Assembleia Geral aprovou, sem votação, uma resolução que saúda a adoção da Estratégia de Segurança Alimentar e Nutricional pelo bloco de oito países.

Esforços

Falando à Rádio ONU, em Nova Iorque, logo após a adoção do documento,  o embaixador de Moçambique junto das Nações Unidas, António Gumende, disse tratar-se de um reconhecimento dos esforços dos oito Estados-membros do bloco. O país assume a presidência rotativa da Cplp.

“Significa o endosso da estratégia dos nossos países, em particular para a área da segurança nutricional e alimentar, que tem sido uma das estratégias da Cplp nos últimos dois anos. Na Cimeira de Maputo, foi promulgada uma declaração específica sobre este tema. O bloco, através deste programa, procura de certa forma complementar e acrescentar valor aos esforços que as Nações Unidas têm vindo a desenvolver particularmente no combate à fome, que é um dos Objetivos de desenvolvimento do Milénio.

A medida foi  adotada pela Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da Cplp, realizada em Maputo a 20 de julho do ano passado.

Guiné-Bissau

A resolução A/67/L.54 realça também os esforços da organização com vista a resolver a crise da Guiné-Bissau, após o impasse político que se seguiu ao golpe de Estado de 12 de Abril do ano passado.

Na sua intervenção, o bloco saudou a nomeação do antigo presidente de Timor-Leste, José Ramos Horta, como representante especial do Secretário-Geral no país de língua portuguesa.

Políticas

Gumende mencionou a necessidade de  um aprofundamento das políticas e da coordenação diplomática, além da cooperação em todos os campos com vista a erradicar a fome no bloco de 240 milhões de pessoas.

A Cplp saudou, ainda, a cooperação com a ONU em áreas como a saúde, educação, agricultura, administração pública e tecnologia.  O bloco sublinhou a relevância da parceria com as Nações Unidas e o seu impacto no desenvolvimento económico e social dos países-membros.