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Brics são responsáveis por um quarto do investimento estrangeiro na África BR

Brics são responsáveis por um quarto do investimento estrangeiro na África

Brasil e os outros países do grupo estão aplicando principalmente nos setores de serviço e manufaturados; Caixa Econômica Federal está apoiando projetos habitacionais em Angola.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York*.

Os países que formam o grupo Brics: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, estão investindo pesado no continente africano.

Segundo o relatório que monitora a tendência de investimento global, Gitm, pela sigla em inglês, o grupo dos emergentes está aplicando recursos nos setores de serviço e manufaturados.

Brasil

O resultado mostra uma mudança no investimento direto estrangeiro, FDI, que deixou, num segundo plano, as aplicações em produtos primários, como o petróleo e os minerais.

O documento diz que os investimentos do Brasil na África têm aumentado nos últimos anos, principalmente pela atuação do Bndes. As maiores aplicações foram feitas na África Subsaariana e na indústria do etanol, em países como Gana e os lusófonos Angola e Moçambique.

Habitação

O relatório mostra ainda que o Banco do Brasil e o Bradesco, em parceria com o Banco Espírito Santo, de Portugal, têm apoiado empresas brasileiras em negócios por todo o continente.

A Caixa Econômica Federal está investindo em projetos habitacionais em Angola e Moçambique.

Reunião

O relatório especial Gitm foi divulgado para coincidir com a 5ª Conferência do Brics, nesta terça e quarta-feiras, em Durban, na África do Sul.

O tema do encontro é “Brics e África, Parceria para o desenvolvimento, integração e industrialização.”

Investimento

O Gitm cita que na última década, o investimento direto estrangeiro nos países do Brics, mais do que triplicou, chegando a US$ 263 bilhões, o equivalente a R$ 526 bilhões, em 2012.

O relatório revela que o FDI desses países emergentes aumentou quase 20 vezes entre 2000 e 2012, para R$ 252 bilhões.

Só em relação aos investimentos recebidos pela África no ano passado, 25% do montante vieram do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

*Apresentação: Mônica Villela Grayley.