No segundo aniversário do conflito sírio, ONU pede solução política
Secretário-Geral da ONU quer o fim da violência e a transição para um país onde direitos sejam respeitados; conflito já matou mais de 70 mil pessoas em dois anos.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou que a comunidade internacional precisa agir com urgência para alcançar uma solução política na Síria e evitar a destruição total do país.
A declaração de Ban foi feita para marcar os dois anos do conflito que já deixou mais de 70 mil mortos, 3 milhões de deslocados dentro da Síria e um milhão de refugiados nos países vizinhos.
Ele pediu aos países e, em particular, ao Conselho de Segurança, que se unam e mostrem total apoio aos esforços do enviado especial das Nações Unidas e da Liga Árabe, Lakhdar Brahimi.
Protestos
O chefe da ONU lembrou que em março de 2011, os sírios realizaram protestos pacíficos pelos seus direitos e liberdades universais. O apelo, segundo Ban, foi repelido com força brutal pelo governo.
O Secretário-Geral afirmou que o mundo assiste hoje, com horror, às consequências desse confronto. Ele cita o uso contínuo indiscriminado de ataques aéreos, mísseis, artilharia e bombas em áreas de população civil.
Justiça
Ban disse que o país enfrenta uma crise humanitária. Cidades e vilarejos, alguns de valor histórico, foram destruídos. O Secretário-Geral declarou que tudo isso é resultado da opção pelas armas em vez de um diálogo político e uma mudança genuína.
Ele disse ainda que estão ocorrendo graves violações dos direitos humanos e que os responsáveis por estes atos devem ser levados à justiça.
Objetivo
Ban afirmou que os objetivos são claros: fim da violência, superar as diferenças do passado e levar o país a uma transição onde os direitos sejam protegidos. Outro fator importante para ele são as aspirações legítimas do povo, como liberdade, dignidade e justiça.
O chefe da ONU afirmou que quanto mais rápido a solução militar for abandonada, melhor será para todos. Segundo ele, não há necessidade de mais mortes ou fuga na Síria.