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Ban escolhe ex-presidente da Irlanda como enviada para os Grandes Lagos BR

Ban escolhe ex-presidente da Irlanda como enviada para os Grandes Lagos

Entre as prioridades está a implementação do Plano de Paz para a República Democrática do Congo; Mary Robinson espera trabalhar de perto com os líderes da região.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova York.*

A ex-presidente da Irlanda, Mary Robinson, foi nomeada, esta segunda-feira, como enviada especial do Secretário-Geral da ONU para a região africana dos Grandes Lagos.

Em nota, Ban Ki-moon disse que a representante deve desempenhar um papel fundamental no apoio à implementação do Quadro de Paz, Segurança e Cooperação para a República Democrática do Congo, RDC, e a região dos Grandes Lagos, pelos seus signatários.

Comunidade

O documento foi firmado por 11 líderes e representantes regionais, no fim de fevereiro, em Adis-Abeba. As partes envolvidas no pacto incluem a União Africana e a Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral, Sadc.

Ban enalteceu os mais de 40 anos de experiência política e diplomática da líder irlandesa, que presidiu o seu país entre 1990 e 1997. Até 1989, Robinson foi senadora, uma tarefa desempenhada durante vinte anos.

Importância

Mary Robinson agradeceu a nomeação e disse que os últimos confrontos registrados na RDC mostram a importância do plano de paz como um instrumento para debater a raíz da instabilidade na região.

Robinson prometeu trabalhar em conjunto com os líderes da área dos Grandes Lagos para discutir  a presença de combatentes em seus países. Além disso, pediu aos Estados que cooperem com o Tribunal Penal Internacional, TPI.

Fundação

A experiência internacional da enviada inclui o cargo de alta comissária da ONU para os Direitos Humanos de 1997 a 2002. Com as novas funções, ela deve continuar presidindo a  Fundação Mary Robinson - Justiça Climática.

Trata-se de um centro de liderança de pensamento, educação e advocacia que tem como objetivo, “garantir a justiça global para vítimas das mudanças climáticas com enfoque para os pobres e marginalizados em todo o mundo.”

O Secretário-Geral destaca que de 2002 a 2010, a agora emissária, contribuiu para o reforço da liderança das mulheres, além de incentivar a responsabilidade corporativa. A contribuição global de Mary Robinson também é reconhecida na defesa dos direitos humanos.

*Apresentação Edgard Júnior