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Ban: “é hora de superar velhos obstáculos” e firmar Tratado de Comércio de Armas BR

Ban: “é hora de superar velhos obstáculos” e firmar Tratado de Comércio de Armas

Secretário-Geral afirmou que é um assunto complexo que envolve segurança nacional, direitos humanos e leis humanitárias; conclusão deve sair até 28 de março.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou que é hora de os países-membros superarem velhos obstáculos e firmar o Tratado de Comércio de Armas.

A declaração de Ban foi feita na abertura da Conferência Final das Nações Unidas sobre o acordo, esta segunda-feira, em Nova York.

Regras

O chefe da ONU disse que sem dúvida alguma essa é uma questão difícil.

Ele declarou que existem regulações internacionais para tudo, camisas, brinquedos e tomates. Mas não há para o comércio global de armas.

Preço Alto

Ban afirmou que famílias e comunidades espelhadas pelo mundo já pagaram um preço muito alto por causa disso.

O Secretário-Geral disse que a violência armada mata mais de meio milhão de pessoas por ano, incluindo 66 mil mulheres e meninas.

Arsenal

Ao mesmo tempo, diz Ban, vários grupos estão aumentando seus arsenais. Ele deu como exemplo alguns carteis de drogras na América Latina, que têm mais armas do que muitos países.

Para o chefe da ONU, um tratado eficaz vai exigir dos países exportadores uma análise do risco de as armas serem usadas para cometer graves violações ou fomentar conflitos.

O acordo vai dificultar que terroristas, o crime organizado e violadores dos direitos humanos, entre outros, consigam obter armas. Os países terão de criar um sistema para controlar o comércio de armas e munição.

Negociações

O Secretário-Geral disse aos delegados presentes à reunião que eles não estavam alí para iniciar novas negociações, mas sim, para concluir o trabalho que tem sido feito desde o início do processo em 2006.

Ban lembrou que os representantes dos países quase chegaram a um consenso na última conferência, realizada em julho do ano passado. Segundo ele, o objetivo agora é concluir o trabalho até 28 de março.

O Chefe da ONU afirmou que o grupo deve o tratado a todos aqueles mortos em conflitos armados e violência, às crianças privadas de um futuro melhor e a todos que arriscaram suas vidas pela paz e por um mundo melhor.