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Relator da ONU elogia libertação de ativistas no Camboja BR

Relator da ONU elogia libertação de ativistas no Camboja

Segundo Surya Subedi afirmou que havia brechas no processo contra o jornalista, condenado a 20 anos de prisão, ao lado de outros dois defensores dos direitos humanos.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova York.*

O relator especial da ONU sobre a situação dos Direitos Humanos no Camboja elogiou a libertação de três ativistas no país asiático. Entre eles, está um jornalista, de 71 anos, condenado a 20 anos de prisão, em 2012.

De acordo com o tribunal, Mam Sonando, estaria promovendo rebeliões. No mesmo julgamento, foram condenados outros dois homens:  Kan Sovann e Touch Ream.

Provas

Em comunicado, o relator de direitos humanos, Surya Subedi, afirmou que havia brechas no processo contra os reus. Ainda segundo o Tribunal de Recurso, as provas não eram suficientes para levar adiante as acusações.

De acordo com o relator, houve aplicação de algumas punições e criação de novas acusações sem que houvesse a chance dos acusados preparem a defesa.

Subedi disse ainda, que já no ano passado, a condenação do ativista estaria associada à questão da liberdade de expressão no país.

Eleições

Ele pediu vigilância na promoção do direito à liberdade de expressão e de opinião, meses antes das eleições legislativas no Camboja, marcadas para julho. Segundo agências de notícias, os três condenados são críticos do regime de Hun Sen, que está no poder desde 1985.

Ainda nesta semana, o Tribunal Internacional para o Camboja deu como encerrado o caso contra o ex-ministro das Relações Exteriores do país, Ieng Sery, que estava sendo acusado de genocídio e crimes contra a humanidade.

A decisão foi tomada após a morte do ex-chanceler cambojano. Ele ficou 10 dias hospitalizado após ter sido preso em 2007. Sery sempre negou as acusações de crimes cometidos durante sua participação no Khmer Vermelho.

*Apresentação: Mônica Villela Grayley.