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PMA precisa urgente de mais de US$ 150 milhões para alimentar sírios BR

PMA precisa urgente de mais de US$ 150 milhões para alimentar sírios

Falta de recursos ameaçam trabalho da agência da ONU; após dois anos de conflito, plano é ajudar, até junho, 2,5 milhões de civis no país.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York. 

A crise na Síria completa dois anos e o Programa Mundial de Alimentos, PMA, está enfrentando desafios severos para ampliar suas operações de emergência no país. A agência da ONU trabalha para alimentar milhões de civis afetados pelo conflito e seus recursos estão escassos.

A diretora-executiva do PMA, Ertharin Cousin, agradeceu às contribuições de 30 países, como Austrália, Canada, Japão e Estados Unidos, mas ressaltou que as “necessidades são cada vez maiores”.

Dinheiro Urgente

Segundo Cousin, o plano é alimentar, até junho, 2,5 milhões de pessoas dentro da Síria e um milhão de refugiados em países vizinhos. Para isso, o PMA precisa urgente de US$ 156 milhões, ou mais de R$ 307 milhões.

A chefe da agência destacou que este é um período crítico para os sírios, que já gastaram todas as suas economias. Cousin alertou para a necessidade do apoio de doadores, até que uma solução política resolva o conflito.

Distribuição

As operações de emergência do PMA na Síria começaram em agosto de 2011 e até agora, já foram distribuídas 83 mil toneladas de comida em 400 locais diferentes no país. Foram utilizados 5 mil caminhões e 55 navios.

Em países vizinhos, como Iraque, Jordânia, Líbano, Turquia e Egito, o PMA entrega cupons alimentares para os refugiados, que podem comprar comida no comércio local. No campo de Zaatari, na Jordânia, já foram distribuídas mais de três milhões de refeições em três meses.

Cesta Básica

O PMA depende totalmente de contribuições voluntárias. Atrasos na entrega de fundos significa que a agência não irá conseguir aumentar as porções de comida que planeja entregar para as famílias sírias em março.

A cesta alimentar inclui arroz, trigo, lentilhas, açúcar, óleo vegetal e sal. Se o apelo financeiro não for atendido, o PMA será obrigado a reduzir, em meados de abril, os itens e o número de pessoas que recebem a cesta.

Em média, a agência precisa de US$ 18 milhões todas as semanas para as operações de emergência na Síria e nações próximas.