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Estudos prevêem aumento da produção de trigo para este ano

Estudos prevêem aumento da produção de trigo para este ano

Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, indica que, a produção de trigo pode aumentar ainda mais do que no ano passado.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

As primeiras estimativas para a colheita de trigo este ano apontam para um crescimento de 690 milhões de toneladas, o equivalente a 4,3% de aumento em relação a 2012.

A informação é parte do relatório trimestral da FAO “Perspectivas de Colheita e Situação Alimentar, lançado esta quinta-feira, em Roma.

Escassez

O documento destaca a questão da insegurança alimentar em alguns países em desenvolvimento e cita Síria, Coreia do Norte, República Democrática do Congo, Mali e Sudão.

A origem da falta de alimento é variada. Na Síria, 4 milhões de pessoas precisam de comida por causa do conflito civil. Por sua vez, a Coreia do Norte, sofreu uma seca nos meses de maio e junho de 2012, para além de uma situação de insegurança alimentar crónica, que atinge mais de 2,8 milhões de pessoas no país.

Os conflitos nos países africanos também são o motivo da crise alimentar, diz o relatório da agência.

Melhorias

O pico da produção deve de ser na Europa, motivado pela subida nas plantações em resposta aos altos preços. Além de uma recuperação em alguns países, especialmente a Rússia.

Já nos Estados Unidos, a situação também poderia melhorar apesar da condição de secas dos últimos meses.

Ainda esta quinta-feira, a FAO divulgou seu Índice de Preços dos Alimentos informando que os relativos “preços baixos” do trigo e também do milho teriam permanecido inalterados na faixa de 210 pontos. A marca representa 2,5%  ou cinco pontos a menos que em fevereiro de 2012.

Hemisfério Sul

Desde novembro passado, o aumento no preço dos lacticínos, oleaginosas e gorduras foram compensados com quedas do valor cobrado pelos cereais e pelo açúcar.

Mas a FAO alerta que ainda é cedo para fazer uma previsão global da produção de cereais, ainda que as estimativas para o Hemisfério Sul sejam promissoras. O mesmo espera-se para a produção de arroz nos países abaixo da linha do Equador.

*Apresentação: Denise Costa.