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Ban pede brigada para intervir no combate a grupos armados na RD Congo

Ban pede brigada para intervir no combate a grupos armados na RD Congo

Secretário-Geral propõe ao Conselho de Segurança força com capacidade de realizar operações ofensivas “com ou sem o exército congolês”;  conflito já provocou 2,6 milhões de deslocados internos no país dos Grandes Lagos.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O Secretário-Geral da ONU pediu ao Conselho de Segurança que autorize o envio de uma Brigada de Intervenção para abordar as ameaças à paz e segurança na República Democrática do Congo, RD Congo.

Num informe ao órgão, apresentado esta terça-feira, Ban Ki-moon disse que a força deve integrar a Missão da ONU no país, Monusco.

Ofensivas

A proposta prevê que a brigada tenha a capacidade de realizar “com ou sem o exército congolês”, operações ofensivas a grupos armados que ameaçam a paz no leste  do país.

A ONU refere que a região está propensa a ciclos de violência e ao sofrimento humanitário. A força deve atuar por um período inicial de um ano.

Ameaças

O Secretário-Geral disse que a proposta foi submetida ao Conselho após uma solicitação feita inicialmente pelos atores regionais. O objetivo é abordar as ameaças iminentes à estabilidade, “com uma resposta mais adequada para o ambiente de conflito” ativo há vários anos.

Ban disse que a tarefa da Brigada de Intervenção será a de conter o aumento de grupos armados congoleses e estrangeiros, através da sua neutralização e  desarmamento.

Acordo

O chefe da ONU disse que a criação da força visa apoiar os objetivos políticos do Quadro de Paz, Segurança e Cooperação para a RD Congo e para a região dos Grandes Lagos. Em Fevereiro, um acordo para o efeito foi assinado na capital etíope, Addis Abeba.

O Secretário-Geral destacou que organização será uma espécie de avalista do pacto, juntamente com a União Africana, a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, Sadc, e a Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos.

Implementação

Ban Ki-Moon disse ainda que as partes entendem  que a “assinatura do quadro é um princípio e não um fim”,  e anunciou para breve a nomeação de um enviado especial para apoiar a sua implementação com os envolvidos.

Estima-se que um milhão de pessoas foram deslocadas da província de Kivu Norte, na sequência de confrontos entre rebeldes do grupo M23 e o exército congolês ocorridos no ano passado.

O número elevou o total de deslocados internos no leste da RD Congo para 2,6 milhões, defendem as Nações Unidas.