Autoridades e sociedade civil querem deter doenças diarreicas em Angola
Estimativas apontam registo anual de até 2 milhões de casos da doença; um terço das vítimas são menores de cinco anos.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Milhares de crianças continuam a morrer devido às doenças diarreicas em Angola, aponta o Fundo da ONU para a Infância, Unicef.
O acesso deficiente à água tratada “em quantidade, qualidade e saneamento adequados” é tido como fator por detrás das enfermidades. A agência cita estimativas das autoridades apontando que entre 1,4 milhão a 2 milhões de casos registados anualmente.
Populações
A partir desta terça-feira, um evento na capital, Luanda, vai avaliar ações comunitárias ligadas ao saneamento. A ideia é melhorar a oferta de água potável e do saneamento para as populações.
Cerca de 23% da mortalidade infantil no país é causada por doenças diarreicas, declaram as autoridades, que defendem que um terço das vítimas é composto por menores de cinco anos.
Epidemias
O ambiente sanitário do país é considerado propício a epidemias de cólera e doenças de transmissão feco-oral como a diarreia, a pólio e a febre tifoide.
O debate Sobre Monitoria e Avaliação do Saneamento Total Liderado pela Comunidade e Escolas” envolve autoridades de cinco províncias e a sociedade civil. O Unicef apoia a iniciativa, ao lado da União Europeia e do Fundo para os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio.