ONU lembra legado de Stephane Hessel na área de direitos humanos
Escritor e ativista morreu nesta quarta-feira, aos 95 anos, em Paris; para a alta comissária Navi Pillay, ele foi um “campeão” da causa.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova York.*
A ONU lamenta a morte do escritor Stephane Hessel, integrante do grupo que elaborou a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
O escritor e ativista, de 95 anos, morreu nesta quarta-feira, em Paris.
Deportação
Durante a Segunda Guerra Mundial, Hessel integrou a resistência francesa, e por causa disso foi preso e deportado para os campos de concentração de Buchenwald e Dora.
Em nota, a alta Comissária para Direitos Humanos, Navi Pillay, destaca o envolvimento de Hessel na redação da Declaração e disse que ele era “um campeão dos direitos humanos.”
Ela lembrou o papel de Hessel em 2010, quando ele escreveu um manifesto, de 12 páginas, intitulado "Indignez-vous!", ou Indignai-vos.
Nele, Hessel pedia mais ações dos cidadãos, especialmente dos jovens, contra a discriminação, a desigualdade e a indiferença. O manifesto vendeu milhões de cópias em todo o mundo.
Unesco
Já a diretora-geral da Organização para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, falou da dedicação de Stephane Hessel a uma cultura de paz e um maior respeito e entendimento mútuos.
Bokova disseu que a “força e a clareza da sua visão da dignidade de cada mulher e cada homem continuam a ser uma inspiração para todos.”
A chefe da Unesco citou umas das últimas declarações de Hessel sobre o que ainda restava a ser feito para que mulheres, homens e crianças convivessem bem juntos. Segundo ele, o mundo precisava de mais comunicação para que os indivíduos se tornassem verdadeiros cidadãos globais.
*Apresentação: Mônica Villela Grayley.