Relatores dizem que Zimbabué deve respeitar liberdades fundamentais
Alerta ocorre semanas antes de um referendo e as eleições, marcadas para Julho no país africano.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
Três relatores das Nações Unidas emitiram um comunicado, nesta quarta-feira, demonstrando preocupações com relatos de atos de intimidação e assédio no Zimbabué. Há denúncias ainda de violência física e prisões de ativistas e defensores dos direitos humanos
De acordo com o documento, esses atos estão a ocorrer, semanas antes da realização de um plebiscito e das eleições, marcadas para Julho no país africano.
Membros
No comunicado, os relatores Frank La Rue, Maina Kiai e Margaret Sekaggya disseram que o Zimbabué tem de respeitar as liberdades fundamentais com relação ao referendo constitucional, que deve ser realizado em 16 de Março.
Maina Kiai ressaltou o espancamento, por parte de polícia, dea membros de organizações civis, que estão a atuar no Zimbábue. Muitas delas servem como grupos para monitorizar e promover eleições livres e justas. Pelos relatos, a polícia teria apreendido informações sobre doadores, relatórios anuais e documentos sobre direitos humanos.
A relatora Margaret Sekaggya disse que duas semanas antes da realização do referendo, a proteção dos ativistas é uma tarefa do governo zimbabueano.
Rosas
Num outro incidente, os especialistas contaram que a polícia teria usado de força ao se deparar com um protesto pacífico no qual os manifestantes entregavam rosas e ursinhos para marcar o Dia dos Namorados e dos Amigos, na frente do Parlamento em Harare.
Para Frank La Rue a repressão constante a manifestantes e ativistas pode “afetar seriamente o direito à liberdade de expressão.”
Eles encerraram o comunicado pedindo que as autoridades do Zimbabué tomem as medidas necessárias para garantir que a voz dos ativistas seja ouvida.
*Apresentação: Eleutério Guevane.