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Mundo tem quase 7 bilhões de assinaturas de telefone celular BR

Mundo tem quase 7 bilhões de assinaturas de telefone celular

Relatório da União Internacional de Telecomunicações, UIT, diz que penetração da tecnologia móvel é agora de 100% em todos as seis regiões do globo; Portugal incluído no grupo de países com maior velocidade na rede.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

O número de assinaturas de celular em todo o mundo está se aproximando de 7 bilhões. Calcula-se que a marca seja alcançada no início de 2014. Com isso, haverá mais telefones móveis que habitantes no globo.

A constatação faz parte do relatório da União Internacional de Telecomunicações, UIT.

Banda Larga

Segundo o documento “O Mundo em 2013: Fatos e Números da Tecnologia de Informação e Comunicação”, o mercado de banda larga também está se mostrando um dos mais dinâmicos do mundo, com um total de 2,1 bilhões de assinaturas.

Mas o acesso à internet ainda é limitado no mundo em desenvolvimento, onde apenas 31% da população devem estar conectados até o fim deste ano. Nos países em desenvolvimento, esta taxa é de 77%.

O assessor da Unesco para Informação e Comunicação, Guilherme Canela, falou à Rádio ONU, de Paris, sobre o papel dos Estados na diminuição do chamado abismo digital entre países desenvolvidos e em desenvolvimento.

Populações

“(Existe a necessidade de uma estratégia) no desenvolvimento de políticas públicas adequadas para que essas tecnologias cheguem a essas populações de uma maneira menos desigual e não aprofundem desigualdades que antes se viam em outros setores da economia e da vida.”

A Europa continua sendo o continente mais conectado à internet com 75% de penetração, na Ásia a taxa é de 32% o dobro da da África. Mais da metade de todas as assinaturas de celular está registrada na Ásia.

Já a internet conectada a partir de um computador em casa deve atingir 41% de todos os lares até o fim de 2013.

Nos últimos quatro anos, o maior crescimento de internet em casa ocorreu na África com uma subidade de 27% por ano.

Renda

Mas como lembrou o chefe da agência da ONU, Hamandou Touré, dois terços da população mundial ainda estão sem acesso à rede mundial de computadores.

O aumento da penetração de celulares e banda larga no mundo nem sempre se traduz em melhores preços para os usuários. Em países em desenvolvimento continua caro manter a banda larga em casa. A média é de 30% da renda comparados a 1,7% da renda média em países desenvolvidos.

O melhor preço para serviços de banda larga são encontrados na Europa, onde uma assinatura não custa mais que 2% da renda do usuário. Já em alguns países em desenvolvimento, o mesmo serviço pode custar até metade do salário.

Portugal

E as diferenças de acesso também existem. Coreia do Sul, Japão e Hong Kong, na China, são os lugares com mais rapidez. Já na Europa, Bulgária, Islândia e Portugal estão entre os mais rápidos.

De acordo com o relatório da UIT, os homens estão mais conectados que as mulheres. Ao todo, 1,5 bilhão de homens trafegam pela rede, 200 milhões a mais que as mulheres.