Perspectiva Global Reportagens Humanas

Conselho de Direitos Humanos debate solução do conflito na Síria BR

Conselho de Direitos Humanos debate solução do conflito na Síria

EUA querem a extensão, por mais um ano, do mandato da Comissão Independente de Investigação no país árabe; Rússia acredita numa solução política para pôr um fim ao conflito na região.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova York.*

A necessidade da solução do conflito sírio foi tema dos discursos feitos pelos Estados Unidos e pela Rússia, nesta terça-feira, no Conselho de Direitos Humanos.

Os dois países integram o Grupo de Ação sobre a Síria, ao lado da China, da França e da Grã-Bretanha na sua qualidade de membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU.

Liga Árabe

O grupo também inclui nações representantes da Liga Árabe, como o Iraque, o Kuwait e o Catar, além da Turquia, das Nações Unidas e da União Europeia.

A sessão acontece em Genebra, num momento em que agências de notícias dizem que a oposição teria aceitado tomar parte numa cimeira internacional sobre o país a ser realizada no próximo mês, em Roma.

Trabalho Incompleto

Falando no Conselho, a subsecretária de Estado norte-americana para Organizações Internacionais, Esther Brimmer, disse que o trabalho do órgão continua incompleto com a persistência de ataques a civis inocentes. Brimmer atribuiu os atos ao regime do presidente Bashar al-Assad.

Segundo ela, os Estados Unidos devem apoiar a extensão do mandato da Comissão Independente de Investigação na Síria, por mais um ano, na presente sessão do Conselho, que termina em 22 de Março.

Solução Pacífica

Já a Rússia, está convencida sobre a possibilidade de uma solução pacífica para a Síria. As Nações Unidas calculam que 70 mil pessoas podem ter morrido desde o início dos protestos, há quase dois anos.

O vice-ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Gennady Gatilov, disse que o seu país continua cooperarando, nesse sentido, tanto com o Governo quanto com a oposição.

A Rússia espera que o Grupo de Ação sobre a Síria, venha a assumir “de forma consciente e consolidada” a implementação das abordagens formuladas em conjunto pelas partes integrantes.