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Analistas pedem supervisão dos serviços de segurança particulares em Honduras BR

Analistas pedem supervisão dos serviços de segurança particulares em Honduras

Grupo da ONU pediu ao governo hondurenho que garanta que essas companhias cumpram com a lei; especialistas querem o fortalecimento do sistema judiciário do país.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

Analistas de direitos humanos da ONU pediram ao governo de Honduras que aumente a supervisão sobre os serviços de segurança particulares em operação no país.

Segundo o grupo de trabalho das Nações Unidas, o objetivo é fazer com que essas companhias cumpram com a lei.

Punição

Os especialistas querem também que o governo hondurenho fortaleça o sistema judiciário.

A meta é que o sistema possa investigar e julgar os crimes cometidos por seguranças particulares e ainda, assegurar que as vítimas recebam a ajuda necessária.

Força

Um dos membros do grupo da ONU, Patricia Arias, disse que Honduras tem mais de 700 companhias de segurança privada em operação.

Segundo ela, o governo deve ter certeza de que suas atividades estejam sendo apropriadamente monitoradas e que essas empresas não substituam a força policial.

Mercenários

Os analistas elogiaram o governo hondurenho pela adesão à Convenção Internacional sobre Mercenários, em 2008 e também pela criação do Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos, em 2011.

Mas os especialistas estão preocupados com o crescimento das companhias de segurança. O número de guardas particulares superou o da força policial do governo. Atualmente, para cada agente existem cinco seguranças particulares.

Confiança

Os analistas da ONU disseram que há impunidade no país e uma falta total de confiança da população no sistema judiciário.

Segundo eles, isso é fruto das alegadas violações dos direitos humanos cometidas pelos seguranças particulares não investigadas