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Violência mata um jornalista por semana, maioria dos crimes fica impune BR

Violência mata um jornalista por semana, maioria dos crimes fica impune

Nos últimos 10 anos, foram mortos 600 profissionais do setor; nesta sexta-feira, ONU se juntou à campanha para combater os assassinatos.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York

O Secretário-Geral da ONU gravou uma mensagem de vídeo para reforçar a campanha “Um Dia sem Notícias”. O anúncio foi feito, nesta sexta-feira, pelo porta-voz de Ban Ki-moon, Martin Nesirky.

Segundo ele, toda a semana, um jornalista morre simplesmente pelo fato de estar fazendo o seu trabalho de informar. E nove de cada 10 casos ficam impunes.

Intimidação

O porta-voz de Ban lembrou que a possibilidade de se passar um dia sem notícias é quase inconcebível num mundo cada vez mais conectado e globalizado. E, mesmo assim, as vozes da notícia estão sendo silenciadas pela violência.

Nos últimos 10 anos, mais de 600 jornalistas foram assassinados em todo o mundo. O número de profissionais que sofrem intimidação, assédio e ameaças de morte é ainda maior.

Número Recorde

Há relatos de que casos de violência sexual contra jornalistas também estão aumentando. Muitos são lançados nas prisões apenas por tentar desvendar algo errado.

Somente no ano passado, a Unesco condenou o número recorde de 121 assassinatos de jornalistas e membros da mídia além de repórteres-cidadão em todo o mundo. Deste total, 41 mortes ocorreram na Síria.

Para combater o problema a ONU lançaou um Plano de Ação sobre a Segurança de Jornalistas e o Tema da Impunidade.

Ban encerrou a nota sobre sua participação na campanha “Um dia Sem Notícias” dizendo que a liberdade de imprensa deve ser defendida todos os dias.