Pnuma prevê grande desenvolvimento com uso da energia solar
Agência da ONU afirmou que iniciativa pode reduzir as emissões de carbono e a poluição do ar; medida vai aumentar a oferta de empregos verdes.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, afirmou que o uso de energia solar para substituir lâmpadas a querosene, velas e lanternas pode reduzir bastante as emissões de dióxido de carbono.
Segundo o Pnuma, a nova iniciativa que conta com o setor privado, ajudará a reduzir os 74 milhões de toneladas de emissões de carbono produzidas anualmente. Além disso, vai ajudar também a diminuir a poluição do ar e a aumentar a oferta de empregos verdes.
Estudo
O estudo feito pelo Pnuma em 80 países mostrou que, por exemplo, no Quênia, se as iluminações à base de combustível forem substituídas por lâmpadas LED, que funcionam com células solares, os custos serão pagos em apenas sete meses por causa da economia que será feita.
O diretor-executivo da agência da ONU, Achim Steiner, falou sobre a possibilidade de se substituir as 670 milhões de lâmpadas a querosene existentes no mundo.
Redução
Steiner afirmou que essa é uma grande oportunidade para se cortar as emissões globais de carbono e diminuir os riscos de saúde causados pela poluição interna.
Além disso, a iniciativa vai apoiar novas tecnologias e uma geração de empregos verdes.
Custos
O relatório do Pnuma mostrou que 1,3 bilhão de pessoas no mundo não têm acesso à luz elétrica. O uso de querosene para acender as lâmpadas chega a 25 bilhões de litros que custam R$ 46 bilhões todos os anos.
Na África, os consumidores gastam até R$ 34 bilhões por ano em combustíveis usados para iluminação. Na Ásia o valor é um pouco menor, R$ 26 bilhões.