Perspectiva Global Reportagens Humanas

Relatório aponta para morte de 70 jornalistas no ano passado

Relatório aponta para morte de 70 jornalistas no ano passado

Somália é o segundo país da lista de risco do Comité para Proteção dos profissionais; Sudão do Sul adere à iniciativa da ONU em prol da segurança de jornalistas.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

O Comité para Proteção de Jornalistas referiu que a nível global, o ano de 2012 foi o mais violento para os profissionais do setor. Ao todo, foram mortos 70 jornalistas, sendo 46% por assassinatos.

A Ong justificou a criação de uma “lista de risco”  devido aos números para medir os níveis de violência. A relação inclui países considerados “repressores” à liberdade de imprensa e expressão, mas democracias como Brasil e Índia.

Eventos Globais

O Brasil foi incluído após registar, no ano passado, quatro assassinatos de jornalistas. O vice-diretor da ONG, Robert Mahoney, pediu maior liderança tendo em vista a realização de eventos desportivos globais.

Mahoney disse que apesar do que chamou de aumento da liderança global do Brasil, jornalistas estão a ser alvejados no país. Após lembrar que o país é um dos BRICs e vai sediar a Copa do Mundo e as Olimpíadas, disse que não deveria haver jornalistas a morrer devido ao teor das suas reportagens.

Somália

No topo da lista de risco do ano passado aparece a Síria com 28 mortes, seguida pela Somália com 12, Paquistão com sete e a  Índia em 5º lugar com dois assassinatos no ano passado.

O documento segue-se ao anúncio do Sudão do Sul sobre a  adoção do Plano de Ação para a Segurança de Jornalistas e a Questão da Impunidade. A iniciativa da ONU visa criar um ambiente de segurança para profissionais dos meios de comunicação social.

Casos de Assédio

A mais nova nação do continente africano comprometeu-se a proteger mulheres que fazem jornalismo devido a alegações de casos de assédio às profissionais do setor no país com o

Ainda de acordo com o Comité para Proteção de Jornalistas, a maioria das mortes, em 2012, ocorreu como assassinatos. Geralmente de jornalistas, bloguistas e freelancers ameaçados pelo conteúdo das publicações.

*Apresentação: Eleutério Guevane.