ONU destaca cheias em Moçambique em pedido para redução de desastres
Continente destaca desastres naturais como prioridade para as próximas cinco décadas; representante especial do Secretário-Geral para Redução do Risco de Desastres.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A representante especial do Secretário-Geral para Redução do Risco de Desastres, Margareta Wahlström, destacou as cheias de Moçambique e no Corno de África num apelo para diminuição de desastres naturais.
A representante ressaltou que o crescimento económico africano está a criar oportunidades e novos investimentos, no âmbito da reunião de 40 países da África do continente na capital da Tanzânia, Arusha.
Plataforma
O encontro visa discutir a posição do continente sobre uma nova plataforma para redução de riscos de desastres. Em três dias, o grupo debate também as preocupações com os efeitos das mudanças climáticas, como secas, cheias, ondas de calor e incêndios.
Estima-se que 18 milhões de pessoas foram afetadas por secas no ano passado. Já as enchentes na África Subsaariana atingiram 8,8 milhões.
Desastres
Nos últimos dois anos, o continente africano foi afetado por 147 desastres naturais, gerando perdas de US$ 1,3 mil milhão. Na Tanzânia, os representantes africanos debatem os desafios para reverter esse quadro e tentam criar uma posição conjunta sobre uma nova plataforma para reduzir riscos de desastres.
A representante da ONU lembrou que eventos extremos do clima alertam sobre a vulnerabilidade do continente, que tem agora a oportunidade de investir na redução dos riscos e influenciar a conferência mundial sobre o tema, que irá ocorrer em 2015.
A comissária para a Economia Rural e Agricultura, Tumisiime Rhoda Peace, destacou que a União Africana está a celebrar 50 anos, tendo o combate aos desastres naturais como prioridade para as próximas cinco décadas.