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Ban: ONU e OEA podem trabalhar juntas para solucionar problemas globais

Secretário-Geral afirmou que economias das Américas estão crescendo e instituições democráticas ganhando força; continente luta contra a pobreza, desigualdade e promove o “Estado de Direito” e a inclusão social.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou esta quarta-feira, em discurso na Organização dos Estados Americanos, OEA, que as duas entidades podem trabalhar juntas para solucionar os problemas globais.

Ban disse que várias economias da região estão crescendo e que as instituições democráticas estão ganhando força. Além disso, o chefe da ONU declarou que a influência global das Américas está em alta.

Participação

O Secretário-Geral declarou que o engajamento do Hemisfério Ocidental é crucial para lidar com os desafios do século 21 e avançar com a agenda comum de ambas organizações.

Entre as metas principais estão a luta contra a pobreza e a desigualdade e a promoção do Estado de Direito e a inclusão social.

Desafios

Ban falou sobre os desafios globais e citou o teste nuclear realizado pela Coreia do Norte. Ele classificou a ação como um ultraje e um ato imprudente.

Ban elogiou a região da América Latina e do Caribe por se manter livre das armas nucleares por mais de 45 anos. O chefe da ONU afirmou que o Tratado de Tlateloco serve de modelo para o mundo.

Objetivo

O Secretário-Geral disse que, atualmente, mais de 110 países estão em áreas consideradas livres de armas atômicas.

Com a ajuda da OEA, Ban espera atingir os 193 países-membros da ONU e isso pode começar com a implementação do Tratado que proíbe testes nucleares.

Drogas

O chefe das Nações Unidas afirmou que as drogas e os crimes afetam a todos. Segundo ele, a América Central e o Caribe

Ban Ki-moon servem de ponto de envio para a Europa.

Ban disse que muitos países que eram usados, simplesmente, como passagem, agora sofrem com o aumento do consumo de drogas em seus territórios.

Crime

Ele declarou que o crime organizado internacional e os traficantes estão espalhando medo e aumentando a violência em várias partes do mundo.

Mas o Secretário-Geral deixou claro que a organização está pronta para trabalhar com os líderes do continente para combater esses desafios globais.

Crises

O chefe da ONU falou também sobre outras crises mundiais, como na Síria, onde mais de 60 mil pessoas morreram desde o início dos protestos contra o presidente Bashar al-Assad, há quase dois anos.

Na lista, Ban citou ainda a situação no Mali e na região de Sahel, que engloba oito países africanos.

Cooperação

O Secretário-Geral citou várias missões conjuntas entre as duas organizações. Ban disse que a ONU e a OEA trabalharam, por exemplo, para promover a paz na América Central.

Há exatamente 20 anos, o chefe da ONU disse que foi criada a primeira missão conjunta para o Haiti. Desde 2004, o Brasil lidera o componente militar das forças. Ban falou também sobre a supervisão de várias eleições por todo o continente.

Metas

O Secretário-Geral afirmou que as metas e os objetivos das duas organizações estão alinhados, como a promoção da democracia, a defesa dos direitos humanos, a segurança e o desenvolvimento.

No encerramento do discurso, Ban Ki-moon declarou que a OEA é crucial para levar todos a um mundo com melhor dignidade, prosperidade, oportunidade e justiça social.