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OIM apoia plano de envolvimento de governo e moçambicanos na diáspora

OIM apoia plano de envolvimento de governo e moçambicanos na diáspora

Agência diz que metas de projeto vão contemplar período até Dezembro deste ano; estudo aponta que maioria de moçambicanos no exterior é altamente qualificada.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

A Organização Internacional para Migrações, OIM, anunciou o seu apoio aos planos do Governo de Moçambique com vista a promover um maior envolvimento entre as autoridades e os seus cidadãos no exterior.

O processo inclui o mapeamento, o desenvolvimento de uma estratégia de envolvimento e a criação de um programa de extensão para cidadãos na diáspora, defende a agência.

Universitários

A OIM cita estimativas do Banco Mundial de 2010, apontando para 11,7 milhões migrantes moçambicanos, sendo a maioria altamente qualificada. No ano 2000, a taxa de migrantes com ensino universitário foi de 45,1%.

Os maiores destinos para os migrantes moçambicanos são África do Sul, Malawi, Tanzânia, Portugal, Suazilândia, Reino Unido, Alemanha, Estados Unidos e Espanha.

Governo

A OIM anunciou a formação de representantes de vários ministérios, como parte de um programa de desenvolvimento de um ano.

Nesta quarta-feira, o grupo discute um plano que inclui tarefas, funções e responsabilidades para que as metas do programa sejam atingidas até Dezembro deste ano.

Consulta

Além de uma consulta nacional sobre o envolvimento da diáspora, prevista para este ano, representantes da sociedade do governo, do setor privado e da sociedade civil devem ser envolvidas na estratégia nacional.

Devido à guerra civil, terminada em 1992, vários moçambicanos optaram por deixar o país em busca de melhores oportunidades económicas no exterior.

A OIM refere que a migração privou a economia de profissionais qualificados em setores sociais e industriais, incluindo a educação, a saúde e a engenharia.