Necessário meio ano para recuperar danos das cheias em Moçambique
Mais de 105 pessoas já morreram devido ao fenómeno; centenas de casas e plantações foram destruídas.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
Pelo menos seis meses serão necessários para recuperação de afetados pelas cheias em Moçambique. A informação foi dada, esta segunda-feira, à Rádio ONU, pela chefe da equipa de ajuda humanitária, Lola Castro. O grupo inclui as Nações Unidas.
“Serão meses em que as pessoas devem procurar onde assentar-se, segundo as zonas de risco. Os três meses seguintes serão para voltar às machambas (campos agrícolas) para se tenham as colheitas por volta do mês de Agosto. As infraestruturas comerciais e sociais também devem ser recuperados perderam-se muitas escolas, centros de saúde, diques e barragens. Para toda a reabilitação vai demorar muito mas, os próximos seis meses são chaves.”
Vítimas
O anúncio feito de Maputo surge no dia em que o Fundo Central para Resposta de Emergência, Cerf, informou ter destinado mais de US$ 5 milhões para ajudar as vítimas das cheias em Moçambique.
A verba foi entregue às agências da ONU após um pedido de auxílio do governo moçambicano à comunidade internacional. Desde o mês passado, uma onda de chuvas fortes causou cheias que já mataram pelo menos 105 pessoas e deixaram 200 mil desabrigados.
Plantações
Além do sul que foi bastante afetado, há relatos de novas cheias no centro e no norte de Moçambique. O governo libertou US$ 10 milhões para as primeiras operações de emergência, incluindo a distribuição de comida por via aérea em áreas isoladas pelas cheias.
Com a nova verba das Nações Unidas estão a ser comprados kits de higiene e água potável, gêneros de primeira necessidade e tendas.
Auxílio
O Programa Mundial de Alimentos, PMA, recebeu US$ 2,3 milhões para a distribuição de comida. Outras agências da ONU como Unicef e a Organização Mundial da Saúde também foram contempladas com verbas para auxílio às vítimas.
O Fundo de Emergência pretende arrecadar mais de US$ 30 milhões da comunidade internacional para assistir os moçambicanos afetados pelas cheias durante os próximos seis meses.