OIM atenta às chuvas na maior província do centro de Moçambique
Agência cita autoridades locais apontando para problemas devido ao fenómeno aliado a inundações na Zambézia; pelo menos 91 pessoas morreram e 150 mil foram desalojadas em todo o país.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A Organização Mundial para Migrações, OIM, disse que está a seguir de perto a situação das inundações na província moçambicana da Zambézia.
A agência cita autoridades locais referindo que o fenómeno, aliado às chuvas, continua a causar problemas, tendo-se manifestado preparada para intervir em caso de necessidade.
Resposta
Falando à Rádio ONU, de Quelimane, o jornalista António Zefanias contou sobre a resposta de emergência para as populações expostas aos efeitos das águas na província do centro.
“Há apoios que de facto estão a ser direcionados, sobretudo para os distritos de Nicoadala, da Maganja da Costa e do Chinde que são tidos como os mais propensos às cheias. Já foram abertos dois centros de reassentamento em Nicoadala e em Quelimane. O da cidade de Quelimane, em particular, resulta das chuvas que alagaram as casas e são cerca de 200 famílias num centro de reassentamento”, referiu.
Distribuição
A OIM anunciou que o Fundo Central de Resposta de Emergência da ONU, Cerf, alocou US$ 1 milhão à agência para apoiar às vítimas das inundações em Moçambique.
A agência disse que deve aplicar o montante na distribuição de mais kits de abrigo, que esta semana foram entregues a pelo menos 10 mil famílias. Os beneficiários estão abrigados em mais de 20 centros de alojamento de emergência na província de Gaza, a mais afetada no sul do país.
Centros de Emergência
Um grupo de técnicos moçambicanos e trabalhadores humanitários sobrevoou as áreas afetadas pelas cheias, e citou campos agrícolas submersos, com várias culturas completamente destruídas.
O fenómeno foi causado por chuvas torrenciais que causaram 91 mortes e o deslocamento de cerca de 150 mil pessoas. A maioria está agora em centros de emergência.
A OIM anunciou que está a trabalhar com o governo para o planeamento da distribuição de kits adicionais para outros centros que necessitam de abrigos de emergência ao longo da próxima semana.