OIT pede medidas rigorosas para combater trabalho forçado
Relatório da organização diz que 21 milhões de pessoas são vítimas desse crime no mundo; esforços para punir responsáveis não são suficientes.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
A Organização Internacional do Trabalho pediu a aplicação de medidas rigorosas para combater o trabalho forçado. Segundo relatório da OIT, 21 milhões de pessoas são vítimas do crime no mundo inteiro.
Homens, mulheres e crianças são obrigados a realizar trabalhos de onde não podem fugir, ou são submetidos a cobrir uma dívida impagável criada com as próprias pessoas que comandam a operação.
Exploração
O documento revela ainda que muitos são vítimas de exploração sexual e outros nasceram já dentro de um sistema de escravidão.
Segundo a agência, os esforços para evitar, identificar e julgar os responsáveis não foram suficientes apesar das boas leis implementadas em vários países.
Invisível
O relatório afirma que muitas vítimas são invisíveis. Elas são mantidas longe do público, por exemplo, em barcos de pesca, áreas de construção e de agricultura e em fábricas.
O documento mostrou que o trabalho forçado engloba trabalhadores presos num ciclo vicioso de dívida, crianças traficadas para pedir dinheiro e de empregadas domésticas enganadas sobre as condições de trabalho.
Escravidão
Os investigadores disseram que vestígios de escravidão foram detectados em vários países.
O relatório mostra que essa condição criminosa continua sendo passada por gerações de pessoas que são obrigadas a trabalhar para um “senhor” sem qualquer tipo de pagamento.
Punição
A OIT informou que, nos últimos anos, há um reconhecimento maior da importância de se combater os responsáveis por esse tipo de crime e reforçar as leis.
O relatório afirmou que a punição não é sempre suficiente para agir como um impedimento. Em alguns casos, os culpados pagam uma pequena multa ou cumprem uma curta sentença de prisão.