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FAO afirma que baixo crescimento da AL afeta redução da pobreza BR

FAO afirma que baixo crescimento da AL afeta redução da pobreza

Relatório da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação mostrou que a região cresceu 3,1% em 2012 mas a pobreza não caiu o suficiente comparado com anos anteriores.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação, FAO, afirmou que o menor crescimento da economia da América Latina e do Caribe, em 2012, afetou o ritmo da redução da pobreza na região.

Segundo relatório da FAO, a economia de toda a área avançou 3,1% no ano passado, quase a mesma do crescimento mundial que foi de 3,2%, segundo o Fundo Monetário Internacional.

Queda

Os dados mostram que a alta econômica serviu para reduzir em apenas um milhão, o número dos que vivem na pobreza extrema na América Latina e no Caribe, passando de 67 para 66 milhões de pessoas.

Se comparados a 2011, quando a economia da região teve um crescimento de 4,3%, a queda da pobreza e da indigência, na época, alcançou 8 milhões de pessoas.

Economia

O representante de políticas da FAO, Adoniram Sánches, afirmou que o resultado também é um mau sinal na luta contra a fome.

Ele explicou que nos biênios 2007-09 e 2010-12, o número de famintos caiu apenas 1 milhão, de 50 para 49 milhões. Já entre os anos 2004-06 e 2007-09, Sánchez disse que a queda foi bem maior, chegando a 4 milhões de pessoas que deixaram de passar fome.

Indigentes

O relatório mostrou ainda que se manteve inalterado o número de pessoas que vivem em condições de indigência na América Latina e no Caribe.

A justificativa, segundo a FAO, foi o aumento de quase 9% dos alimentos, que aconteceu tanto no ano passado como em 2011.

O representante da agência da ONU disse que essa inflação mais alta, em relação à comida, acaba prejudicando os mais pobres.