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Bachelet vê progressos mundiais para o fim da mutilação genital feminina BR

Bachelet vê progressos mundiais para o fim da mutilação genital feminina

Mensagem da diretora-executiva da ONU Mulheres marca o Dia Internacional pela Tolerância Zero da prática; 140 milhões de mulheres e meninas em todo o mundo já foram vítimas de mutilação sexual.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York. 

Esta quarta-feira, 6 de fevereiro, é o Dia Internacional pela Tolerância Zero da Mutilação Genital Feminina. Em mensagem sobre a data, a diretora-executiva da ONU Mulheres destacou a adoção, em dezembro, de uma resolução da Assembleia Geral que bane a prática.

Segundo Michelle Bachelet, a decisão dos países-membros da ONU é um passo na direção certa. Para a ex-presidente chilena, estão sendo feitos progressos na área. Ela cita comunidades que abandonaram a “prática perigosa” e estão protegendo os direitos e a dignidade de meninas e mulheres.

Milhões em risco

Bachelet lembra que a mutilação genital feminina viola os direitos humanos, ameaça seriamente a saúde e pode ser fatal. No mundo, há cerca de 140 milhões de mulheres que foram submetidas à prática. E todos os anos, outras 3 milhões correm o risco de passar pelo procedimento.

Mas a chefe da ONU Mulheres diz que há boas notícias, citando progressos que vão do Benin à Burkina Fasso, da Etiópia ao Egito, da Gâmbia à Guiné e do Senegal à Somália. Em vários países e comunidades, a prática está sendo abandonada e ações sendo feitas para garantir uma vida saudável, livre de violência e discriminação.

Apoio

Michelle Bachelet destaca que a liderança em vários níveis, incluindo governos, líderes religiosos e comunitários, mídia e profissionais da saúde é essencial para acabar com a mutilação genital feminina.

A ONU Mulheres apoia governos e parceiros a erradicar a prática e progredir para garantir a autonomia feminina e a igualdade de gênero.