FAO estimula prática de agrofloresta com menção a Angola e Moçambique
Agência cita desempenho da área da floresta de miombo, que cobre 3 milhões de quilómetros quadrados; sugeridas recompensas para agricultores que plantem árvores nas suas terras.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova Iorque*.
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO destacou os benefícios da agrofloresta para combater a fome, a pobreza e a degradação ambiental, citando países como Angola e Moçambique.
A agência mencionou o desempenho da área da floresta de miombo, que cobre 3 milhões de quilómetros quadrados em 11 países da África Ocidental, Central e Oriental.
Recursos
Aproximadamente 100 milhões de pessoas vivem na região, e dependem dos vários recursos disponibilizados pela floresta. A variedade de espécies inclui produtos não-madeireiros como frutas, mel, forragem para o gado e lenha.
Num comunicado, lançado esta terça-feira, a agência destaca que milhões de pessoas podem colher os mesmos benefícios, em todo o mundo, caso haja esforços de promover o setor. O sistema une árvores, plantações e a criação de animais.
Necessidade
A agência informou que a agrofloresta serve de fonte para vários tipos de bens de primeira necessidade, que incluem madeira, frutas e carnes, café e borracha.
No novo relatório, a FAO mostra como o setor agroflorestal pode ser integrado na estratégia nacional dos países e como as políticas podem ser ajustadas para condições específicas.
Segundo a agência, agricultores que plantarem árvores nas suas terras devem ser recompensados financeiramente pelos serviços ao ecossistema. Os incentivos devem incluir doações, redução de impostos, ajuda em créditos ou no desenvolvimento de infraestrutura.