Banco Mundial defende redução de taxas de envio de remessas a África
Em 2012, africanos a trabalhar no exterior enviaram cerca de US$ 60 mil milhões para casa; órgão sugere publicação de informações transparentes sobre os serviços de remessa.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Banco Mundial refere que US$ 4 mil milhões poderiam ter sido poupados por migrantes africanos, no ano passado, se as taxas cobradas pelas remessas baixassem até 5%.
O órgão aponta que, em 2012, o envio de dinheiro para a África Subsaariana foi o mais caro, com uma média de custos a rondar os 12,4%. Os africanos a prestar serviços no estrangeiro enviaram cerca de US$ 60 mil milhões para o continente, valor que supera ao de qualquer outro grupo de migrantes.
Bancos
O órgão aponta o alto custo de envio de valores pelos bancos, muitas vezes tidos como o único canal disponível para vários migrantes africanos. Pelo facto, o Banco Mundial sugere regras que incentivem a concorrência com vista a ajudar a reduzir as taxas de remessas.
Foi igualmente recomendada a publicação de informações transparentes sobre os serviços de remessa aos trabalhadores africanos no estrangeiros.
Valor Médio
O G20, grupo das 19 economias mais desenvolvidas do mundo mais a União Europeia, estabeleceu um valor médio de 5% a ser cobrado para remessas até 2014.
Entre as nações africanas, as taxas cobradas pelas remessas são mais altas são cobradas na África do Sul, na Tanzânia e no Gana que, em média, chegam a atingir entre 19% a 20,7%. O fenómeno é atribuído à concorrência limitada no mercado para pagamentos transfronteiriços.
O Sul da Ásia destaca-se pelas taxas mais baixas do mundo, situadas em torno de 6,54%. O valor é inferior à média global de 8,96%