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Escritório de Direitos Humanos pede diálogo entre governo e manifestantes egípcios

Escritório de Direitos Humanos pede diálogo entre governo e manifestantes egípcios

Alta comissária disse estar alarmada com violência e mortes; autoridades indicam que mais de 50 pessoas morreram nos confrontos.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova Iorque. *

A alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos pediu que o governo e os manifestantes evitem a violência e resolvam as suas diferenças de forma pacífica.

Em comunicado, publicado esta terça-feira, em Genebra, Navi Pillay pede que o processo não comprometa o direito de liberdade de expressão.

Estado de Emergência

As manifestações seguiram-se ao estado de emergência declarado no domingo pelo presidente egípcio Mohammed Morsi.

Várias cidades estão sob recolher obrigatório para tentar controlar os protestos que, segundo as autoridades, já provocaram mais de 50 mortos.

Força

A representante pediu ao governo egípcio que analise a forma como responde aos protestos, que vai desde o uso excessivo de força até “ao fracasso total para proteger a população, especialmente mulheres e crianças.”

A alta comissária disse estar alarmada com a violência e o aumento do número de mortes. Pillay disse que os acontecimentos dos últimos dias mostram que o país continua numa situação extremamente frágil e instável.

Agências noticiosas indicam que a situação no Egito piorou desde a quinta-feira passada. Milhares de pessoas foram às ruas para celebrar o segundo aniversário da revolução que culminou com a queda do antigo presidente, Hosni Mubarak.

Alerta

De acordo com as informações das agências, o chefe das forças armadas do Egito, general Abdul Fattah al-Sisi, teria feito um alerta na página dos militares no Facebook.

O oficial destaca que a crise política do país pode levar ao colapso do Estado e ameaça as gerações futuras.

*Apresentação Eleutério Guevane