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Acnur prepara-se para atender retorno de deslocados no Mali

Acnur prepara-se para atender retorno de deslocados no Mali

Agência aponta relatos da volta de deslocados para centros urbanos; em Bamako milhares dizem esperar voltar para as áreas como Timbuktu e Kidal.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur, anunciou planos de reforço da sua presença em várias cidades do norte do Mali, com o eventual regresso de refugiados após o início da intervenção militar internacional contra rebeldes.

Para a agência, embora a tendência de retorno não seja generalizada, há relatos da volta de deslocados para centros urbanos. Mais de 400 mil pessoas foram afetadas pelo conflito, na sequência da tomada do norte por milícias islamitas no ano passado.

Invasão

A agência cita a cidade de  Konna, onde até a metade da população teria fugido devido à invasão de rebeldes a 10 de Janeiro. A ação levou à intervenção militar francesa.

Entretanto, agências noticiosas falam da tomada de Timbuktu e da consolidação de posições das forças francesas para controlar Kidal. A medida tem lugar numa altura em que o Reino Unido anunciou o envio de cerca de 350 militares para apoiar à intervenção contra as milícias.

Conflito

O plano do Acnur é garantir presença em várias cidades, incluindo Gao, logo que haja viabilidade. O evoluir da situação no Mali, fez prever o regresso espontâneo de milhares de deslocados pelo conflito no norte.

A agência refere ainda que a insegurança tem dificultado o acesso humanitário à região.

Distribuição

Entretanto, aponta que contactos com deslocados ao longo dos últimos dias na capital, Bamako, permitiram constatar que vários deles esperam voltar em breve para as áreas como Timbuktu e Kidal.

Por outro lado, o Programa Mundial da Alimentação, PMA, anunciou a conclusão da distribuição alimentar para 12 mil deslocados em Bamako.

Alimentos

Na sequência da intervenção militar internacional na cidade de Mopti, no centro do Mali, 22 mil deslocados internos viram a distribuição adiada.

Cerca de 36 mil pessoas passaram a ter acesso a alimentos, desde 27 de Janeiro, nos distritos de Ségou, Macina e Niono.