ONU marca aniversário da revolução egípcia com pedido de inclusão
Em mensagem, Secretário-Geral da ONU incentivou os egípcios ao compromisso com diálogo pacífico e não-violência; agências noticiosas falam de protestos entre polícia e manifestantes no centro do Cairo.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Secretário-Geral das Nações Unidas ressaltou a importância da participação ativa das mulheres na tomada de decisões no Egito, em mensagem para marcar o segundo aniversário da revolução no país.
A 25 de Janeiro são assinalados dois anos após o início dos protestos que culminaram com a queda do antigo presidente, Hosni Mubarak.
Regimes
O movimento denominado “Primavera Árabe” chegou ao país após ter passado pela Tunísia. No Médio Oriente e do norte de África, as manifestações provocaram a mudança de regimes autocráticos, no que ditou um novo mapa político regional.
No pronunciamento, Ban Ki-moon incentivou os egípcios a continuar comprometidos com os princípios universais de diálogo pacífico e da não-violência.
Diversidade
O responsável da ONU lançou ainda um apelo à inclusão, ao “respeito aos direitos humanos e à independência das instituições e aos processos democráticos que acomodem uma diversidade de pontos de vista.”
De acordo com agências noticiosas, a passagem da data foi marcada por uma concentração dos apoiantes da oposição no centro da capital egípcia, Cairo.
Liderança
As informações das agências apontam ainda para confrontos entre a polícia e opositores do atual presidente. Mohammed Morsi assumiu a liderança do país em Junho passado, após ter vencido as primeiras eleições presidenciais em seis décadas.
A campanha de protestos contra Mubarak culminou com a sua renúncia ao cargo a 11 de Fevereiro de 2011 O antigo líder, de 84 anos, entregou o poder a uma junta militar. Em Junho do ano passado, ele foi condenado à prisão perpétua pela morte de manifestantes.