África Subsaariana: Oito em cada dez trabalhadores são pobres, diz relatório
Relatório aponta que oito em cada dez trabalhadores da região são pobres ou quase pobres; a nível global, queda de trabalhadores em pobreza extrema dita aumento da classe média.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A Organização Internacional do Trabalho, OIT, refere que mais de oito em cada dez trabalhadores são pobres ou quase pobres na África Subsaariana.
A região é seguida pelo sul da Ásia, com 92% de indivíduos da classe trabalhadora a fazer parte das duas categorias.
Pobreza
Num relatório sobre o emprego global, lançado em Genebra, a agência destaca uma queda do número de trabalhadores que viviam em condições de pobreza extrema, com apenas US$ 1,25 por dia.
O estudo indica um aumento de trabalhadores “quase pobres”, que vivem com US$ 2 a US$ 4 por dia. Os integrantes são caracterizados por não ter seguro social e estar sob risco de voltar à pobreza caso ocorra uma nova crise económica global.
Redução
Por outro lado, a queda de trabalhadores em pobreza extrema ditou o aumento da classe média para os 397 milhões de pessoas. A redução foi de 281 milhões desde 2001.
Nos países em desenvolvimento, a evolução no número de trabalhadores de classe média criou um impulso necessário para o crescimento futuro e o consumo nessas economias, destaca a OIT.
Renda
Cerca de 42% dos trabalhadores das nações emergentes, ou 1,1 bilhão de pessoas, pertencem agora à classe média. A renda diária das famílias varia entre US$ 4 e US$ 13 por pessoa.
O leste asiático destaca-se no aumento da classe média, que desde 2001, teve 400 milhões de novos trabalhadores. A OIT prevê que até 2017, outros 390 milhões nos países em desenvolvimento irão pertencer à categoria.
A agência da ONU ressalta que esses trabalhadores podem investir mais em educação e saúde, o que gera mais produtividade e crescimento económico mais rápido.