Quase metade dos trabalhadores em países emergentes são de classe média
Segundo OIT, na última década, houve um aumento de 400 milhões de pessoas naquela classe social; diminuiu o total de trabalhadores na pobreza extrema.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
O número de trabalhadores de classe média nos países em desenvolvimento cresceu significamente na última década, criando um impulso necessário para o crescimento futuro e o consumo nessas economias.
A afirmação é da Organização Internacional do Trabalho, que lançou nesta semana um relatório sobre o emprego global. A OIT releva que 42% dos trabalhadores das nações emergentes, ou 1,1 bilhão de pessoas, pertencem agora à classe média.
Renda Diária
O estudo destaca que a renda diária nessas famílias varia entre US$ 4 e US$ 13 por pessoa e o aumento da classe média ocorreu em especial no leste asiático.
Desde 2001, um adicional de 400 milhões de trabalhadores atingiu a classe média. A OIT prevê que até 2017, outros 390 milhões nos países em desenvolvimento irão pertencer à categoria.
A agência da ONU ressalta que esses trabalhadores podem investir mais em educação e saúde, o que gera mais produtividade e crescimento econômico mais rápido.
Pobreza
De acordo com a OIT, o aumento da classe média levou à queda do trabalhadores que viviam em condições de pobreza extrema, com apenas US$ 1,25 por dia. Atualmente, 397 milhões de pessoas estão nesta categoria, uma redução de 281 milhões desde 2001.
Mas houve aumento nos trabalhadores “quase pobres”, aqueles que vivem com US$ 2 a US$ 4 por dia. A OIT destaca que muitas dessas pessoas não têm seguro social e correm o risco de voltar à pobreza caso ocorra outra crise econômica global.
No sul da Ásia, 92% da força de trabalho é pobre ou quase pobre e na África Subsaariana, 86% dos trabalhadores estão nestas categorias.