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OMS cria equipe de apoio de emergência para crise na Síria BR

OMS cria equipe de apoio de emergência para crise na Síria

Grupo vai prestar ajuda nos setores técnico, de coordenação e informação, além de serviços básicos; mais de 30% dos hospitais do país não estão funcionando por causa da conflito.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

A Organização Mundial da Saúde, OMS, decidiu criar uma equipe de apoio de emergência para lidar com o agravamento contínuo da situação na Síria.

O porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic, falou, de Genebra, sobre as operações do grupo.

Jasarevic disse que a equipe, que terá como base Amã, na Jordânia, vai prestar assistência não só à Síria, mas também aos países vizinhos que estão abrigando os refugiados, como a própria Jordânia, o Líbano, o Egito e a Turquia.

Hospitais

O porta-voz disse ainda que o grupo ajudará nos setores de coordenação, informação, assistência técnica e de serviços básicos.

Segundo o Ministério da Saúde sírio, dos 88 hospitais do país, mais de um terço está fora de serviço e 48 foram danificados pelo conflito. Cerca de 10% dos postos de saúde também sofreram danos e operam parcialmente.

Vacinação

A Síria realizou uma campanha nacional de vacinação entre 26 de novembro e 20 de dezembro do ano passado. O Ministério informou que, durante esse período, 1,3 milhão de crianças, menores de cinco anos, foram vacinadas contra o sarampo e 1,5 milhão inoculadas contra a pólio.

Avaliação

Uma missão conjunta da OMS e da ONU está avaliando a situação do setor de saúde na cidade de Homs. Atualmente, seis dos 13 hospitais da cidade não estão funcionando.

Com o retorno de 2,5 mil famílias a Bab Amer, a agência da ONU  mobilizou uma das ONGs parceiras para prestar assistência ao grupo usando uma clínica móvel.

Em Daara, a situação é parecida. Dos nove hospitais públicos da cidade, seis funcionam precariamente.

Fundos

Do pedido de US$ 519 milhões, aproximadamente R$ 1 bilhão, para cobrir as operações, apenas 16% desse valor será destinado ao setor de saúde.

A OMS calcula que só no primeiro semestre de 2013 serão necessários o equivalente a R$ 88 milhões para responder às necessidades de saúde na região.

Violência

Ainda sobre a Síria, a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos, Unrwa, condenou os assassinatos de 12 refugiados palestinos perto de Damasco, a capital do país.

A agência pediu às partes envolvidas no conflito que saiam das áreas de população civil, incluindo os campos de refugiados, e cumpram com suas obrigações de acordo com a lei internacional.