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ONU consternada com execução de doméstica na Arábia Saudita BR

ONU consternada com execução de doméstica na Arábia Saudita

Jovem, que era do Sri Lanka, havia sido acusada pela morte do bebê que cuidava; alta comissária para os Direitos Humanos afirma que houve irregularidades no julgamento de Rizana Nafeek.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York. 

A alta comissária para os Direitos Humanos da ONU está consternada com a execução de uma jovem empregada doméstica na Arábia Saudita. Rizana Nafeek, nascida no Sri Lanka, foi executada na quarta-feira.

Segundo o escritório de Navi Pillay, a jovem chegou à Arábia Saudita em 2005. Uma semana depois, o bebê da casa onde ela trabalhava morreu e Nafeek foi acusada de assassinato.

Sentença

A alta comissária da ONU destaca que a certidão de nascimento confirmava que a jovem era menor quando o bebê morreu. Ainda assim, ela foi condenada por assassinato, sentenciada à pena de morte e decapitada.

Em Genebra, o porta-voz de Navi Pillay disse haver relatos de irregularidades no processo de acusação. Rupert Colville destacou que nenhum advogado esteve presente para assistir Rizana Nafeek durante o julgamento e a interpretação de idiomas era fraca.

Segundo Colville, a jovem argumentou que foi agredida fisicamente e forçada a assinar uma confissão. Agências de notícias afirmam que Nafeek alegou que o bebê morreu engasgado enquanto tomava a mamadeira.

Moratória

O porta-voz de Pillay destacou que há grande preocupação com o aumento da pena de morte na Arábia Saudita desde 2011. A alta comissária pediu à monarquia saudita que apoie o movimento mundial contra a prática.

Recentemente, a Assembleia Geral da ONU votou a favor de uma resolução que pede a moratória da pena de morte.