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Relatório da OIT destaca Portugal entre países com mínimo para domésticas BR

Relatório da OIT destaca Portugal entre países com mínimo para domésticas

Segundo estudo da Organização Internacional do Trabalho, medida foi implementada pelo governo de Lisboa em 2004; Chile e Trinidade e Tobago também adotaram salário mínimo nos últimos anos. 

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

A decisão de Portugal de obrigar o pagamento do salário mínimo a empregados domésticos é um dos destaques de um estudo da Organização Internacional do Trabalho, OIT.

De acordo com o documento, “Trabalhadores Domésticos pelo Mundo”, divulgado nesta quarta-feira, em Genebra, Portugal implementou o mínimo em 2004, ao lado de outros países como Chile e Trinidad e Tobago.

Direitos

Em todo o mundo, mais de 52 milhões de pessoas trabalham como empregados domésticos. Cerca de 83% são mulheres.

Já em Portugal, 7% das mulheres são domésticas num total de mais de 175 mil profissionais do setor.

Segundo o relatório, apenas 10% dos empregados domésticos têm seus direitos assegurados.

Licença Maternidade

A OIT afirmou que todos devem ser tratados como em qualquer outras profissão.  No momento, mais de um terço das empregadas não tem direito à licença maternidade.

O estudo da agência da ONU citou o caso do Brasil, que estabeleceu um salário mínimo e uma série de outros direitos, como por exemplo, a inclusão das domésticas nos programas de previdência social, além de férias pagas e décimo-terceiro salário.

Em todo o mundo, o Brasil aparece com o país com o maior número de trabalhadores domésticos, seguido da Índia e da Indonésia.