OIT: mulheres estão ficando para trás nas áreas de ciência e tecnologia
Estudo da Organização Internacional do Trabalho mostrou que as principais causas são comportamento das sociedades e discriminação; participação feminina é maior em ciências humanas e sociais.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
A Organização Internacional do Trabalho, OIT, informou que as mulheres estão ficando para trás nas áreas de ciência e tecnologia por causa da cultura das sociedades e da discriminação.
O representante do departamento, que supervisiona as atividades dos trabalhadores da OIT, Claude Akpokavie, afirmou que as mulheres tendem a ter maior participação nas áreas de ciências humanas e sociais e pouca representação nos setores de tecnologia e ciências.
Desequilíbrio
Akpokavie afirmou que as autoridades precisam adotar medidas para lidar com esse desequilíbrio.
O representante da OIT preparou um manual que avalia o progresso obtido até agora para se alcançar as Metas de Desenvolvimento do Milênio, incluindo a igualdade de gênero e o fortalecimento das mulheres.
Discriminação
Para a diretora da divisão de igualdade de gênero da OIT, Jane Hodges, a diferença entre homens e mulheres se deve ao amplo papel que os dois representam e as atitudes em diferentes sociedades.
Segundo Hodges, as meninas são menos encorajadas a estudar engenharia ou computação em comparação aos meninos. Elas são direcionadas a campos considerados “mais leves.” Isso acontece, segundo ela, tanto em países desenvolvidos como em desenvolvimento.
Estereótipo
A representante da OIT alertou sobre o estereótipo de que as meninas não se interessam ou não são capazes em certas áreas, como matemática e ciências.
Hodgers afirmou que isso, inevitavelmente, reduz o acesso das mulheres a empregos com bons salários ou mercados de trabalho que oferecem melhores oportunidades.
Empregos
Calcula-se que 500 milhões de pessoas entrem no mercado global de trabalho na próxima década. Por isso, Jane Hodges afirmou ser crucial que as mulheres que têm empregos em tecnologia e ciências, não fiquem subjulgadas aos níveis mais baixos da escala.
A representante da OIT afirmou que educação, treinamento e mudança de atitude são vitais para garantir que as mulheres não fiquem para trás.