Mais de 316 mil afetados pela tensão na Repúbica Centro-Africana, diz Ocha
Em relatório, escritório da ONU para Assistência Humanitária defende que cerca de 700 mil pessoas estão em risco caso ocorra uma escalada de combates em Bangui.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Escritório da ONU para Assistência Humanitária manifestou seriamente preocupada com a proteção de civis, após relatos de saques e violência na República Central Africana.
O avanço da aliança rebelde Seleka em direção à capital, Bangui, teria agravado a instabilidade, surgida na sequência de ataques recentemente levados a cabo em várias cidades do nordeste.
Avanço
Esta semana, foi registado um aparente abrandamento do avanço para Bangui, após os rebeldes terem concordado em iniciar negociações de paz com representantes governamentais na capital gabonesa, Libreville.
O Ocha estima que 316 mil pessoas estejam a viver nas áreas afetadas, e que cerca de 700 mil estariam sob risco com uma escalada dos combates na capital.
Fronteiras
No relatório, publicado nesta quarta-feira, as Nações Unidas referem-se à fuga de civis através das fronteiras do país com a República Democrática do Congo e os Camarões.
As hostilidades foram condenadas tanto pelo Secretário-Geral, Ban Ki-moon, como pelo Conselho de Segurança que lançaram um apelo com vista à sua cessação.
O Governo e os rebeldes foram instados a resolver a crise por meio do diálogo, e a cumprir o Acordo de Paz Abrangente Libreville, assinado pelas autoridades e os três principais grupos rebeldes no país em 2008.