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Ramos Horta passa a representar Ban Ki-moon na Guiné-Bissau

Ramos Horta passa a representar Ban Ki-moon na Guiné-Bissau

Secretário-Geral destaca as mais de três décadas de uma carreira diplomática e política do líder timorense, que assume as funções no final deste mês.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O antigo presidente de Timor-Leste, José Ramos Horta, assume a 31 de Janeiro as funções de representante especial do Secretário-Geral na Guiné-Bissau.

De acordo com uma nota emitida por Ban Ki-moon, Horta será também o chefe do Escritório Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz no país, Uniogbis. A Guiné-Bissau atravessa uma crise política, na sequência do golpe de Estado de abril do ano passado.

Estabilidade

O Secretário-Geral destaca as mais de três décadas da carreira diplomática e política de Horta “a serviço da paz e da estabilidade em Timor-Leste.”

Além de ter colaborado com a Administração Transitória das Nações Unidas no país, Untaed, é referido o papel do líder timorense na organização das eleições parlamentares do seu país em 2001 e 2002.

Atenção Internacional

Como presidente, entre 2007 a 2012, Ramos Horta é enaltecido pelo contributo para a estabilização da situação  de Timor-Leste.

O novo representante especial sucede o ruandês Joseph Mutaboba, que assumiu o cargo durante os últimos quatro anos.

O Secretário-Geral reconhece o facto de Mutaboba ter trazido à atenção internacional os desafios da Guiné-Bissau, além dos esforços empreendidos “para a busca de soluções práticas.”

Imprensa

Durante cinco anos, Ramos-Horta serviu seu país como ministro de Relações Exteriores até 2006, e como primeiro-ministro até 2007. Em seu currículo tem também a carreira de jornalista na imprensa escrita, rádio e televisão em Timor-Leste.

Ramos-Horta é mestre em Estudos de Paz da Antioch University do estado norte-americano de Ohio.