Banco Mundial destaca alto nível de dívida externa dos países de alta renda
Ao analisar o desempenho em 2011, Estatísticas da Dívida Internacional do Banco Mundial atribuem o fenómeno à contração nos fluxos dos credores oficiais em mais de metade.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Banco Mundial registou uma queda das entradas líquidas da dívida externa dos países em desenvolvimento em 2011. O período foi marcado por uma queda de 9%, o equivalente a US$ 465 mil milhões.
As Estatísticas da Dívida Internacional 2013, atribuem o fenómeno à forte contração nos fluxos dos credores oficiais, que caiu para US$ 30 mil milhões dos US$ 73 mil milhões registados no ano anterior.
Bancos Comerciais
O estudo refere que a desaceleração foi parcialmente compensada pelo influxo de bancos comerciais, que sustentaram o acesso aos mercados internacionais de obrigações e o aumento do investimento direto estrangeiro.
O órgão refere que, em média, os países do grupo das nações mais desenvolvidas do mundo, G7, tiveram uma dívida pública de 126% em relação ao seu produto Interno Bruto, PIB. Os dez maiores países em desenvolvimento registaram 19%.
Zona Euro
A dívida externa e interna dos países da zona euro mais do que duplicou o rácio dos maiores devedores dos países em desenvolvimento.
De acordo com o Banco Mundial, no mesmo período, os financiamentos de médio e longo prazo dos bancos comerciais triplicaram para US$ 110 mil milhões.
As estatísticas revelam, igualmente, que durante o período, o investimento directo estrangeiro continuou numa trajetória ascendente, com aumento de 11% para um recorde de US$ 644 mil milhões.